A edição de número 147 do UFC, que será sediada em Belo Horizonte, no dia 23 de junho, marca a estreia de duas promessas das artes marciais mistas no maior evento do esporte no mundo: Hacran Dias, atleta da Nova União, que enfrenta Yuri Marajó, e o carioca Miltinho Vieira que encara Felipe Sertanejo.
O parceiro de treinos de José Aldo tem 20 vitórias em 22 lutas na carreira, enquanto seu adversário possui 27 triunfos e apenas 3 derrotas. O confronto é pela categoria pena. Sua última vitória foi sobre Paulo Dantas, no Shooto Brasil 27, por triângulo de mão.
Foto: Tatame
Enquanto isso, Miltinho Vieira faz sua primeira luta no evento, enfrentando Felipe Sertanejo, na categoria leve. Esta é a terceira edição do Ultimate no Brasil que Sertanejo participa e o estreante, conhecido por sua habilidade no chão, disse que precisará mais do que jiu-jitsu para derrotar o oponente.
Outra curiosidade, além do confronto de estilos, será o de gêneros musicais. Miltinho prometeu uma batalha "rap x sertanejo", já que Sertanejo é famoso por escolher sons do gênero em suas entradas e Vieira, por seu gosto pelo rap, principalmente Racionais MC's.
O UFC divulgou um vídeo em que Sonnen afirmou ser melhor que Anderson Silva em todas as áreas, inclusive no jiu-jitsu. A declaração do falastrão foi feita em uma entrevista pré-luta. Veja o vídeo:
Por falar nisso, o americano ainda está sendo tachado de 'amarelão', após ter, supostamente, enviado uma mensagem a Michael Bisping, desafiando-o, e colocando em dúvida a revanche contra Spider.
Rony Jason é o segundo finalista dos pesos-penas do TUF Brasil. O cearense venceu Hugo Wolverine por decisão unânime dos juízes e agora enfrenta Godofredo Pepey no dia 23 de junho, no UFC de BH.
A luta foi parelha, com momentos bons para ambos os lutadores. O baiano iniciou as atividades com uma sequência de socos que fez Jason abriu seu jogo. Após levar uma combinação de socos, o atleta de Wanderlei achou a distância e desferiu uma boa joelhada voadora, que seria sua arma principal na luta. No revide, Wolverine deu o troco e com um golpe acertou o olho do adversário, forçando o árbitro a paralisar a luta para o médico analisar o corte. Ao final do round, o cearense aplicou uma queda e tentou conter o rival no chão, mas sem sucesso, devido ao soar do gongo.
Jason começou melhor o segundo assalto, investindo nos chutes frontais, fazendo o atleta do time Vitor cambalear e abrindo vantagem na luta. Aproveitando a situação, o lutador da Team Nogueira partiu para cima mais uma vez com as joelhadas e uma sequência de golpes para pressionar o baiano contra a grade. A reação de Wolverine foi instantânea: o chute frontal não entrou, mas ao encaixar um superman punch, o atleta abriu um corte sobre o olho do adversário. Novamente, o cearense procurou a queda e o segundo round terminou como o primeiro.
O terceiro round começou com uma investida de Wolverine, melhor no boxe, mas Jason logo tratou de se recuperar, encontrando na joelhada voadora seu melhor ataque. O baiano, mais uma vez, aplicou um superman, mas não esperava o contra-ataque tão rápido do atleta do time azul. Safo, Jason buscou as pernas de Wolverine e se manteve por cima no fim, para ganhar a luta. Por decisão unânime, o cearense se classificou para a final contra Pepey na disputa pelo título dos penas do TUF Brasil.
No caminho para o topo da categoria, o meio-médio Erick Silva finalizou Charlie Brenneman com um mata-leão no UFC: Johnson x McCall. O brasileiro se afirmou entre os melhores do peso com uma vitória ainda no primeiro round, após ter perdido no UFC 142, no Rio de Janeiro, por desclassificação, em uma decisão controversa do árbitro Mario Yamasaki. Além disso, ganhou um bônus de finalização da noite, com os cumprimentos do presidente Dana White.
E o capixaba não o único brasileiro no evento. Carlos Eduardo "Tá Danado" marcou sua volta aos octógonos contra Mike Pierce, mas sem a mesma sorte, perdeu por decisão dividida dos juízes. Outros dois brasileiros compuseram o card do UFC, na Flórida: pelos leves, Bernardo "Trekko" Magalhães perdeu por decisão dividida para Henry Martinez e, pelos médios, o cearense Caio "Monstro" Magalhães foi derrotado em sua estreia para Buddy Roberts por decisão dividida.
No evento principal, Demetrious Johnson venceu Ian McCall na revanche entre os pesos-moscas do UFC. Após um resultado polêmico a favor de Johnson no UFC: Evans x Davis, Dana White revogou a decisão e considerou o confronto como empate. Desta vez, "Mighty Mouse" demonstrou superioridade, principalmente em pé, e agora tem a chance de desafiar Joseph Benavidez pela primeira disputa de cinturão dos moscas.
Todos os resultados do evento:
CARD PRINCIPAL
Demetrious Johnson venceu Ian McCall por decisão unânime dos juízes
Erick Silva venceu Charlie Brenneman por finalização a 4m33s do primeiro round
Mike Pyle venceu Josh Neer por nocaute a 4m56s do primeiro round
Eddie Wineland venceu Scott Jorgensen por nocaute técnico a 4m10s do segundo round
CARD PRELIMINAR
Mike Pierce venceu Carlos Eduardo "Tá Danado" por decisão dividida dos juízes
Seth Baczynski venceu Lance Benoist por decisão dividida dos juízes
Matt Grice venceu Leonard Garcia por decisão unânime dos juízes
Dustin Pague venceu Jared Papazian por finalização a 3m21s do primeiro round
Tim Means venceu Justin Salas por nocaute técnico a 1m06s do primeiro round
Buddy Roberts venceu Caio "Monstro" Magalhães por decisão unânime dos juízes
Henry Martinez venceu Bernardo "Trekko" Magalhães por decisão dividida dos juízes
Sean Pierson venceu Jake Hecht por decisão unânime dos juízes
Apenas quatro minutos bastaram para definir o primeiro finalista do The Ultimate Fighter Brasil. Em duelo de compatriotas, Daniel Sarafian nocauteou Sérgio Moraes ainda no primeiro round com uma joelhada voadora e disputará com o vencedor do combate entre os atletas do time Vitor, Cezar Mutante e Thiago Bodão, o título de campeão dos pesos-médios do reality show. Algumas provocações entre os dois ao entrar na jaula, já antecipavam a guerra que seria, em busca de uma vaga na decisão.
O primeiro e decisivo round começou a todo a vapor com um chute frontal de Sarafian, que fez Serginho logo abrir seu jogo e buscar as pernas do adversário, visando uma queda. O que o lutador não contava era com a exímia defesa do atleta do Time Vitor às suas tentativas de takedown. O paulista, então, investiu um pouco em seu jogo em pé e conseguiu atingir o oponente com alguns socos, simulando uma troca para, novamente, aplicar uma queda, dessa vez mais bem-sucedida: Serginho levou Daniel para baixo, mas sem controlar a posição, deixou o adversário se levantar rapidamente. Amarrados na grade, a luta, a partir de então, esfriou, até o árbitro Mário Yamasaki parar e colocar a luta no centro do octógono. Daniel prontamente encaixou uma combinação de chute e soco para pontuar e, em reação, Serginho desferiu um chute baixo e, logo depois, um jab. A luta estava equilibrada até o aluno de Demian Maia investiu novamente no chute frontal e deixar o adversário abalado. A vantagem, de aí em diante, era do atleta do time Vitor. O golpe derradeiro veio a um minuto do final do assalto: Sarafian aplicou uma joelhada voadora certeira, levando o tricampeão mundial de jiu-jitsu a nocaute. O lutador ainda sacramentou com marretadas no rosto do rival, forçando o juiz a interromper a luta e declarar Sarafian como vencedor. Muito desespero e comoção para Serginho, que chorou ao final do combate.
O final do episódio também mereceu destaque. Para variar, Gasparzinho aprontou mais uma vez e acabou amarrado na cadeira por seus companheiros. Nervoso com a situação, o lutador do time Vitor explodiu e sobraram farpas até para Rodrigo Damm. Ao fim do programa, Serginho comentou o caso e lançou mais um pérola para o TUF. "Quem gosta de zuar os outros automaticamente sabe que é zoado. Faz parte, está no manual do "zueiro". Entregaram para todo mundo na casa. Se não me engano, na página quatro. Ele não leu", ironizou.
Com a lesão de Vitor Belfort, Rich Franklin tomou o posto de adversário
de Wanderlei Silva no UFC 147. O co-evento principal será o combate
entre Fabrício Werdum e Mike Russow, além, é claro, da final dos
pesos-penas e médios do reality show The Ultimate Fighter Brasil. O
evento realizado em BH conta ainda com a participação de mais quatro
brasileiros, entre eles os estreantes Hacran Dias, que enfrenta Yuri
Marajó, e Miltinho Vieira, que encara Felipe Sertanejo, os dois combates
pelos pesos-penas.
Foto: Divulgação/ UFC
"Ace" volta ao octógono após a derrota para Forrest Griffin no UFC 126,
por decisão unânime, edição que entrou para a história com a luta em que
Anderson Silva nocauteou Vitor Belfort com uma ponteira espetacular.
Franklin retorna à categoria de 84kg, que o consagrou como campeão em
2005, depois de atuar algumas vezes nos pesos meio-pesados.
Wanderlei Silva vem de uma vitória por nocaute técnico sobre Cung Le no
UFC 139 e originalmente enfrentaria Vitor Belfort, treinador rival no
TUF Brasil, em uma revanche do combate protagonizado pelos dois em 1998,
no UFC Brazil, no qual Belfort obteve uma vitória por meio de nocaute
devastador em 44 segundos. No entanto, devido a uma lesão na mão, o
carioca teve que passar a bola para outro oponente e o afortunado foi
Rich Franklin, que busca triunfar depois de algum tempo no ostracismo.
Por coincidência, mais uma revanche para Wanderlei, que tem a chance de
vingar sua derrota para o americano no UFC 99, por decisão unânime.
O portal MMA Manifesto fez um levantamento dos lutadores mais bem remunerados pelo UFC nos últimos
sete anos. O ranking foi construído de acordo com as quantias com que a organização informa às comissões
atléticas dos estados onde os eventos são realizados, o que é obrigatório a qualquer promotora de
lutas dos Estados Unidos. Os valores, contudo, não correspondem fielmente à realidade, devido a bonificações extras, participação na venda de pay-per-view, gratificações de patrocinadores e outras variáveis para
engordar o salário que os atletas ganham para lutar.
1 - Chuck Liddell (EUA): US$ 4,32 milhões
2 - Tito Ortiz (EUA): US$ 3,75 milhões
3 - Quinton Jackson (EUA): US$ 3,24 milhões
4 - Georges St-Pierre (CAN): US$ 3,10 milhões
5 - Randy Couture (EUA): US$ 3,04 milhões
6 - Brock Lesnar (EUA): US$ 2,82 milhões
7 - Michael Bisping (ING): US$ 2,71 milhões
8 - Rashad Evans (EUA): US$ 2,69 milhões
9 - B.J. Penn (EUA): US$ 2,65 milhões
10 - Anderson Silva (BRA): US$ 2,39 milhões
A lista foi feita com base em lutadores cujos salários puderam, de fato, ser revelados. Até hoje, Royce Gracie é o atleta que recebe a maior quantia do UFC, mas o valor não é divulgado por questões contratuais.
Em uma luta digna de semifinal, Pepey e Vina - que substituiu o atleta Rodrigo Damm - protagonizaram um confronto técnico, com muita disposição, na busca por uma vaga nas finais do TUF Brasil. O duelo marcou o primeiro cruzamento entre atletas que recentemente haviam trocado de equipe. O novo integrante da equipe Wanderlei, Pepey começou melhor encaixando uma queda no início do primeiro round, mas Vina logo conseguiu reverter a posição e quase ganhou as costas do oponente. Mesmo por baixo, o atleta da equipe azul demonstrava mais técnica, sempre esboçando uma ou outra tentativa de finalização, mesmo com o paranaense desferindo bons socos. Bastante equilibrado, o combate pendia para os dois lados, mas Pepey se sobressaía nas técnicas de chão, com boas chances em kimuras e americanas. No entanto, Vina não desistia e, mais uma vez, se defendeu bem, inventendo a posição e colocando a luta novamente em pé.
Foto: Divulgação/ TUF Brasil
O segundo round foi praticamente uma reprise do primeiro. Pepey aplicou uma queda e começou a dominar as ações, colocando o agora atleta de Vitor em maus lençóis, com suas habilidades no chão. Era possível observar a ampla vantagem que o atleta de Wanderlei imprimia, só que a raça de Vina impedia seu adversário de levar a vitória. Isso até cair em uma das armadilhas: O cearense por baixo, se defendia dos golpes de Vina e, com o pulso do adversário controlado, conseguiu um plástico movimento e acabou montado em cima de Vina e mais uma vez investiu na kimura, dessa vez mais justa ainda, e que obrigou o rival a desistir. Vitória e vaga na final para Pepey que, após desempenhar uma das lutas mais fracas do reality show, contra Galeto, deu a volta por cima e saiu-se vencedor em um combate para ninguém botar defeito. As próximas lutas definem os finalistas restantes do programa, que sairão dos embates entre Serginho e Sarafian, e Mutante e Bodão, pelos pesos-médios, e Wolverine e Jason, pela última semifinal do peso-pena.
Sem chance para zebra! Júnior
Cigano defendeu seu cinturão dos pesados contra Frank Mir, na noite
deste sábado, em Las Vegas, pelo UFC 146. O lutador venceu por nocaute
técnico no segundo round e evitou que o americano se sagrasse tricampeão
da categoria. Esta foi a primeira edição com card principal integrado
apenas por pesos-pesados, no qual nenhum confronto foi para decisão.
O
evento marcou a presença de mais quatro brasileiros: o estreante
Antonio Pezão, que perdeu para o peso-pesado Cain Velazquez por nocaute
técnico, Edson Barboza, que caiu diante de Jamie Varner pelos
pesos-leves, também por TKO, outro estreante Diego Brandão, derrotado
por Darren Elkins, pelos penas, via decisão unânime, e o meio-pesado
Glover Teixeira que aplicou um katagatame em cima de Kyle Kingsbury,
ainda no primeiro round, e fez bonito também em sua primeira luta no
evento.
Outros
destaques da noite foram a demissão de Jason Miller da organização,
após derrota para C.B. Dollaway, e a aposentadoria do peso-leve Mike
Brown, após vitória sobre Daniel Pineda.
Resultados:
CARD PRINCIPAL
Junior Cigano venceu Frank Mir por nocaute técnico (socos)
Cain Velásquez venceu Antônio Pezão por nocaute técnico (socos)
Roy Nelson venceu Dave Herman por nocaute (soco)
Stipe Miocic venceu Shane del Rosario por nocaute técnico (socos)
Stefan Struve venceu Lavar Johnson por finalização (chave de braço)
CARD PRELIMINAR
Darren Elkins venceu Diego Brandão por decisão unânime
Jamie Varner venceu Edson Barboza por nocaute técnico (socos)
C.B. Dollaway venceu Jason "Mayhem" Miller por decisão unânime
Dan Hardy venceu Duane Ludwig por nocaute técnico (socos)
Paul Sass venceu Jacob Volkmann por finalização (triângulo)
Glover Teixeira venceu Kyle Kingsbury por finalização (katagatame)
Mike Brown venceu Daniel Pineda por decisão unânime
Wanderlei Silva deve estar explodindo de raiva neste momento... Em busca da tão esperada revanche, Cachorro Louco iria enfrentar Vitor Belfort no mês que vem pelo UFC 147, em Belo Horizonte. Mas todas as esperanças foram por abaixo, quando Dana White publicou que o carioca havia lesionado a mão em um treino deste sábado à tarde. O lutador foi submetido a uma cirurgia logo depois. Uma infelicidade para The Phenom e enorme decepção para os fãs brasileiros.
Belfort concedeu entrevista ao Sportv.com e contou sobre o ocorrido:
Na coletiva de imprensa, transmitida nesta quinta pelo Sportv. com, o
campeão Júnior Cigano e o desafiante Frank Mir se colidiram antes mesmo
da luta principal do UFC 146, que será realizado neste sábado, em Las
Vegas. Uma das principais provocações feitas pelo americano foi em
relação ao último confronto contra Rodrigo Minotauro, mestre de Cigano:
"Não quero quebrar braço", relembrando o modo como venceu o brasileiro
na edição de número 140.
Mir, que vem afiando seu wrestling como forma de anular o jogo do
campeão, disse acreditar que o chão do adversário é limitado e a
estratégia de usar o jiu-jitsu deve ser sua arma principal para vencer o
brasileiro. Cigano, bastante sereno, apenas se deu ao trabalho de
elogiar a habilidade do rival, como forma de respeito, e afirmou não possuir nenhum
sentimento de revanche, mesmo após seu treinador e mentor já ter sido
derrotado pelo desafiante.
Além da disputa pelo cinturão dos pesados, o card principal conta com a
participação de mais um brasileiro: Antônio Pezão, que estreia no UFC e
mede forças contra o ex-campeão Cain Velásquez. Dessa luta pode sair o
próximo postulante ao título da categoria. As lutas preliminares estão
pintadas pelo verde e amarelo: destaque para as estreias de Diego
Brandão, campeão do TUF 14, que encara Darren Elkins, e de Glover
Teixeira, que bate de frente com Kyle Kingsbury, além da presença do
peso-leve Edson Barboza que enfrenta Jamie Varner.
A pesagem do UFC 146 será realizada nesta sexta e o evento, no sábado, com transmissão
do Canal Combate, a partir das 19h30. O Sportv.com acompanha as lutas em
tempo real e a TV Globo mostra o confronto principal da noite.
Abaixo, a relação dos combates:
CARD PRINCIPAL
Junior Cigano x Frank Mir
Cain Velásquez x Antônio Pezão
Roy Nelson x Dave Herman
Stipe Miocic x Shane del Rosario
Stefan Struve x Lavar Johnson
CARD PRELIMINAR
Diego Brandão x Darren Elkins
Edson Barboza x Jamie Varner
Jason "Mayhem" Miller x C.B. Dollaway
Jacob Volkmann x Paul Sass
Dan Hardy x Duane Ludwig
Kyle Kingsbury x Glover Teixeira
Mike Brown x Daniel Pineda
Os ingressos para edição que será realizada no Mineirinho, em Belo Horizonte, começaram a ser vendidos hoje e só restam assentos para o setor Octógono Premier Norte e Sul, por R$ 1.200.
Estudantes pagam meia-entrada mediante apresentação de carteirinha, idosos e menores de 21 anos, via comprovante de identidade.
O card principal da edição marca a revanche entre Vitor Belfort e Wanderlei Silva, treinadores do TUF Brasil, o combate entre Fabrício Werdum e Mike Russow, além da final do reality show e outros confrontos entre lutadores participantes do programa.
O atleta da Nova União, Renan Barão, terá a chance de disputa o cinturão dos
pesos-galos do UFC em virtude de uma lesão do campeão Dominick Cruz. Seu
adversário será o americano Urijah Faber e o confronto será na edição
de número 148, em Las Vegas.
O evento será marcado
pela revanche entre Anderson Silva e Chael Sonnen, que seria sediada
anteriormente no Rio de Janeiro, e decidirá se Spider defende seu título
novamente ou se o americano se torna o novo campeão dos pesos-médios.
Mais uma vez a técnica se sobrepôs à força. O paulista Sérgio Moraes se classificou para a semifinal dos médios vencendo o carioca Délson "Pé de Chumbo" por finalização, via mata-leão. Dois excelentes lutadores, campeões mundiais de jiu-jitsu e especialistas no chão, se enfrentaram, mas no fim, foi o "cohabitante" tricampeão mundial da arte suave que prevaleceu.
O primeiro round começou com muito estudo e pouca ação de ambos os lutadores. Serginho e Pé de Chumbo não quiseram se arriscar muito na trocação e ficaram amarrados tentando desferir joelhadas no corpo. Mas um chute previsível fez o integrante da equipe verde derrubar o oponente e levá-lo para sua zona de conforto. A partir daí, foi um monólogo: Serginho dominou o adversário, que até tentou esboçar defesas por baixo, mas não tão suficientes. Por cima, o atleta do time Vitor, esperou o momento certo para pegar as costas do oponente e, daí em diante, foi questão de tempo até encaixar um mata-leão, praticamente sentado. Final de luta e das fases de quartas de final com um placar elástico de 7 a 1 para a equipe do The Phenom sobre a de Cachorro Louco, que contou até com a ajuda de Anderson Silva nos treinos e na torcida, mas a presença do campeão não adiantou.
E não parou por aí. Dana White ainda afirmou que haveria uma redistribuição de atletas das equipes. Devido à larga deiferença de lutadores do time Vitor no mata-mata (7), contra apenas um de Wanderlei, alguns deles trocarão a cor de suas camisas e passarão para o time azul, para muito choro e tristeza da equipe verde. São eles: Serginho, Bodão e Pepey.
Pelos penas, Pepey, Rony Jason, Rodrigo Damm e Wolverine. Pelos médios, Daniel Sarafian, Mutante, Bodão e Sérgio Moraes. Sejam bem-vindas as semis do TUF Brasil!
A noite começou boa para os brasileiros, com a vitória do atleta da Nova União, Johnny Eduardo, sobre Jeff Curran, nos pesos-galos, e o triunfo de Rafael dos Anjos, que aplicou um chute espetacular em Kamal Shalorus e finalizou no chão.
A expectativa para o 'hat-trick' não veio: TJ Grant dominou amplamente Carlo Prater nos três rounds, tanto em pé quanto no chão, e venceu por decisão unânime. Só restava o brasileiro Fábio Maldonado a caminho.
No combate contra o croata Igor Pokrajac, o paulista demonstrou eficácia na trocação e utilizou bem os jabs e uppers, mesmo após sofrer uma queda do adversário, ser castigado no ground and pound e conseguir se levantar. Investindo no dirty clinch, o especialista no boxe desferiu bons golpes no corpo do rival, mas não foi capaz de defender alguns contragolpes, principalmente as joelhadas precisas do oponente. Com certa polêmica no resultado, o croata acabou levando a melhor, vencendo por decisão unânime dos juízes laterais.
No confronto principal, Chan Sung Jung e Dustin Poirier protagonizaram uma luta sensacional, com muita trocação e plástica no chão, com chances de finalização para todos os lados. Jung saiu vencedor com um triângulo de mão, após uma sequência de soco e joelhada voadora, no quarto round, e mostrou porque deve ser o próximo na fila para desafiar José Aldo. Destaque para o segundo round, no qual Poirier demonstrou muito recurso para sair das chaves de braço e dos triângulos impostos pelo "Zumbi Coreano" e apresentou muita resistência ao domínio do oponente.
Veja os resultados do UFC: Poirier x Jung:
CARD PRINCIPAL
Peso-pena: Chan Sung Jung vence Dustin Poirier por finalização (triângulo de mão)
Peso meio-médio: Amir Sadollah vence Jorge Lopez por decisão dividida
Peso-leve: Donald Cerrone vence Jeremy Stephens por decisão unânime
Peso-galo: Yves Jabouin vence Jeff Hougland por decisão unânime
Peso meio-pesado: Igor Pokrajac venceu Fábio Maldonado por decisão unânime
Peso-médio: Tom Lawlor venceu Jason MacDonald por nocaute (socos)
CARD PRELIMINAR
Peso médio: Brad Tavares venceu Dongi Yang por decisão unânime
Peso-leve: Cody McKenzie venceu Marcus LeVesseur por finalização (guilhotina)
Peso-leve: Tj Grant venceu Carlo Prater por decisão unânime
Peso-leve: Rafael dos Anjos venceu Kamal Shalorus por finalização (mata-leão)
Peso-galo: Johnny Eduardo venceu Jeff Curran por decisão unânime
Peso-galo: Francisco Rivera venceu Alex Soto por decisão unânime
Decepcionante. Essa é a palavra para caracterizar o desempenho de Francisco Massaranduba contra Thiago Bodão. A tão aguardada estreia do lutador de Wanderlei, tido como um dos mais durões e autor das maiores pérolas do programa, foi praticamente uma frustração para os fãs do reality show, que esperavam mais ação do atleta.
O primeiro round se reduziu a uma trocação mais favorável a Massaranduba que não desferiu tantos golpes quanto Bodão, mas garantiu que os seus fossem mais precisos, decidindo principalmente com as joelhadas. Mas, da metade para o final do assalto, ambos os lutadores se preocuparam tanto em colocar o oponente para o chão, que transformaram o confronto em uma luta bem mais amarrada que o início.
O segundo começou da mesma forma, até que Massa surpreendeu e conseguiu levar Bodão ao chão e garantir a vantagem por cima, com poderosos golpes no ground and pound. A situação reverteu quando o lutador do time Vitor se levantou e, em um descuido do lutador radicado em Brasília, Bodão caiu por cima e fez Massa sentir na pele os duros golpes que havia aplicado no adversário, segundos atrás. Mais eficiente, o lutador paulista massacrou o adversário que, sem reação, tomou um tremendo atraso por baixo, minando sua resistência.
Foto: Divulgação/ TUF Brasil
No intervalo do segundo para o terceiro round, era possível ver o maior desgaste de Massaranduba, que mal conseguia prestar atenção nas orientações do córner. Com a luta empatada em um assalto para cada, Bodão parecia ter mais gás de sobra para encarar os tres minutos finais. Massa, ao contrário, se levantou de seu banquinho e, cambaleando, não se aguentou e caiu no chão na volta para o combate, como se tivesse totalmente sem forças. O juiz Mário Yamasaki questionava o lutador se conseguia lutar e, aos sons de " Vamo, Massa!" e "Pela família!", até Bodão tentava reanimar o companheiro de profissão para que voltasse para decidir o duelo, mas não foi o que aconteceu. A fadiga consumiu o lutador do time azul que "pediu para sair". Resultado: Bodão classificado para a semifinal dos médios e mais uma vitória para o time Vitor, que faz 6 a 1 no placar, coloca mais um integrante na próxima fase e amplia a goleada sobre o time Wanderlei.
Foi confirmado! A arena será sede da revanche entre Belfort e Wanderlei Silva e dos confrontos finais do TUF Brasil. Depois do Rio de Janeiro, Minas Gerais será o segundo estado brasileiro a receber uma edição do UFC. O Mineirinho está acostumado a acolher jogos de vôlei e já abrigou shows musicais, com capacidade para 25 mil pessoas. O anúncio foi feito pelo diretor de desenvolvimento internacional do UFC, Marshall Zelaznik, nesta sexta-feira.
Como todos já esperavam, a luta foi confirmada por Dana White, via twitter, em evento que será realizado em Las Vegas. Dan Henderson foi credenciado a disputar o título após Jones limpar quase toda a categoria, vencendo Mauricio Shogun, Lyoto Machida, Rampage e Rashad Evans, quatro ex-campeões dos meio-pesados.
Henderson, que chegou a recusar qualquer combate que não fosse uma disputa de título, foi cotado anteriormente para desafiar até Anderson Silva, em uma revanche nos pesos-médios depois de perder para o brasileiro por mata-leão no UFC 82. Sua última luta foi contra Mauricio Shogun na edição de número 139, tido por muitos como um dos melhores combates da história do evento.
A luta entre Bones e Hendo deve acontecer no UFC 151. Será a oportunidade do atual campeão quebrar mais um recorde: o de defender seu cinturão pela quarta vez em 1 ano, média de uma luta a cada três meses, algo inédito no UFC.
Na última esperança de garantir um pontinho no disputa, o time Wanderlei não fez feio. Rony Jason bateu Gasparzinho por finalização no sexto e último confronto entre os pesos-penas do TUF Brasil. O combate entre os amigos, de times adversários, gerou discussão entre os treinadores, que explodiram ao final da luta.
Um só round foi necessário para o cearense se classificar para as semifinais: após os dois simularem uma trocação, Gasparzinho acusou um dedo no olho e voltou, literalmente, com sangue nos olhos. O lutador do time Vitor veio com tudo para cima do adversário, desferindo uma joelhada voadora que o fez cair. Só não contava com a habilidade de Jason no chão, que, de moicano, mais se parecia com o atleta da equipe oposta, Pepey. Não demorou para o atleta encaixar uma chave perfeita e estirar o braço do rival. Com isso, o árbitro foi obrigado a parar a luta, credenciando Jason à próxima fase.
Foto: Divulgação/ TUF Brasil
O pior foi depois. Irritado com a decisão de Belfort de colocar os dois frente a frente no octógono e com a infelicidade de Gaspar, "Cachorro Louco" armou um barraco no final do confronto e entre um xingamento e outro, faltou pouco para o técnico começar ali mesmo a revanche com o desafeto. Wanderlei declarou ser contra o duelo entre amigos e culpou o rival pela escolha, quando ainda eram possíveis outros casamentos de luta. Rony e Gasparzinho são companheiros de treino da academia Team Nogueira.
Mas não é o fim. Infortúnios à parte, Gasparzinho vai permanecer sendo a alegria da casa... Ou nem tanta alegria, né...
Não era noite dos brasileiros...Na edição do UFC, deste sábado, realizada em Nova Jersey, John Lineker perdeu em sua estreia para Louis Gaudinot, na categoria mosca, e o peso-médio Rousimar "Toquinho" Palhares não foi páreo para Alan Belcher.
O paranaense foi o único lutador a não bater o peso na noite anterior e pagou o preço pelo erro. Em luta equilibrada até o fim do primeiro round, o estreante, campeão do Jungle Fight, parecia desempenhar bem seu jogo em pé, até levar uma queda do adversário de cabelos verdes que garantiu vantagem no chão. No segundo round, Lineker seguiu sua estratégia, voltando com mais cabeça e precisão nos golpes. No entanto, após levar outra derrubada e tomar inúmeros socos, acabou surpreendido no final do assalto, ao se levantar desprotegido e virar isca para uma guilhotina do oponente, que fez o brasileiro apagar, garantindo a vitória para o integrante da 14ª temporada do The Ultimate Fighter.
Foto: Getty Images
Com Toquinho foi pior. O mineiro começou o combate simulando uma trocação com Alan Belcher, até armar uma queda que pôs o adversário no chão. Para quem achava que seria fácil, uma vez que o brasileiro levasse para o solo, se enganou. Por cima, o especialista em jiu-jitsu, tentou de todas as formas achar uma brecha para levar a perna, o calcanhar ou o tornozelo do rival para casa, mas não foi o que aconteceu: Belcher demontrou imensa eficácia nas defesas de finalização, treinadas com seu professor Hélio Soneca. O jogo virou quando o lutador conseguiu inverter a posição, frustrando o brasileiro, que acabou de costas no chão. Montado, desferiu uma sequência de golpes que acabaram minando a resistência do pupilo de Murilo Bustamante, que nem sequer esboçou uma reação, movimentando as pernas para um possível chaveamento ou simplesmente fechando a guarda. Melhor para o americano, que investiu no ground and pound, com socos e cotoveladas certeiras, até o árbitro paralisar a luta, dando a vitória por nocaute técnico.
No evento principal da noite, Nate Diaz venceu Jim Miller por guilhotina e deve ser o próximo a disputar o cinturão dos pesos-leves, após a revanche de Frank Edgar com Ben Henderson. Johny Hendricks também mostrou serviço, vencendo Josh Koscheck por decisão dividida dos jurados e agora entra no top 5 dos meio-médios, esperando na fila para um title shot com Georges St. Pierre.
Resultados do UFC: Diaz x Miller
CARD PRINCIPAL
Nate Diaz venceu Jim Miller por finalização (guilhotina) Johny Hendricks venceu Josh Koscheck por decisão dividida Alan Belcher venceu Rousimar Toquinho por nocaute técnico Lavar Johnson venceu Pat Barry por nocaute
CARD PRELIMINAR Michael Johnson venceu Tony Ferguson por decisão unânime John Dodson venceu Tim Elliott por decisão unânime John Hathaway venceu Pascal Krauss por decisão unânime Louis Gaudinot venceu John Lineker por finalização (guilhotina) Danny Castillo venceu John Cholish por decisão unânime
Dennis Bermudez venceu Pablo Garza por decisão unânime
Roland Delorme venceu Nick Denis por finalização (mata-leão) Karlos Vemola venceu Mike Massenzio por finalização (esgana-galo)
Equipe da aula de iniciantes da RFT Rio de Janeiro. O MMA é uma
das especialidades da academia (Reprodução: Pedro Motta)
Seis horas da tarde. O treino de artes marciais mistas na Renovação Fight Team (RFT), em Botafogo, começa e, no comando, o professor Felipe Borges. André Guilherme, de 15 anos, chega, põe as luvas, o protetor bucal, e segue para mais um dia de treinamento. E pensar que tudo começou como simples hobby, assistindo lutas do Ultimate Fighting Championship. “Era Anderson Silva para lá, Minotauro para cá. Como ele era muito agitado, foi só unir o útil ao agradável: decidi colocá-lo em uma academia”, esclarece Sonia, a mãe do lutador. A diferença é que, agora, ele vai para a academia todos os dias.
- Eu sempre fiz luta: judô, jiu-jítsu... Comecei no MMA há uns dois anos e, na verdade, por causa do meu pai, que conhecia a dona de uma academia. Parei por um tempo e voltei recentemente, mas nunca deixei de assistir os eventos, como o Jungle Fight e o UFC. Meus pais sempre me incentivaram a lutar, nunca tive muito problema com isso – declara o aluno.
“Gordinho”, como é carinhosamente apelidado, é uma prova de que esse esporte evolui cada vez mais e, como afirmam alguns jornalistas atuantes na área (talvez querendo “puxar a sardinha para seu próprio lado”), o segundo maior em crescimento no mundo, apenas atrás do futebol. Mas não é só por causa da fama e dos ídolos que o MMA desponta – sem dúvidas, isso contribui muito –, mas também existe por trás de tudo uma base calcada na disciplina e no respeito, sem contar que, para aqueles jovens mais bagunceiros e rebeldes, é tudo que os pais desejam. “Meu filho gasta toda a energia na aula, dorme cedo, come mais e me obedece mais”, diz a mãe de Felipe, outro aluno da RFT, de 13 anos.
Pular corda é uma das etapas do alongamento feito antes do treinamento
(Reprodução: Pedro Motta)
No que diz respeito à polêmica ligada à violência, a opinião é a mesma: é praticamente inevitável dissociá-la do esporte. Mas, embora haja uma unanimidade acerca do assunto, os responsáveis confiam nos profissionais que moldam suas crianças.
- Muitos me acham maluca por colocar um filho meu para lutar MMA. Eu mesma tinha esse preconceito, até conhecer o esporte mais a fundo. Primeiro, eu comecei a praticar, e a partir daí, não parei. A segunda coisa foi por o Jonathan nas aulas. Eu sei que os professores vão cuidar dele lá (referindo-se ao tatame, onde são feitos os treinamentos) – comenta dona Andreia, que frequenta as aulas no mesmo local que o filho.
E, em defesa dos amantes e praticantes da arte, bastam alguns números para comprovar a segurança das artes marciais mistas, em relação a outros esportes. Uma pesquisa da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos , avaliou 1.270 lutadores: somente 24% sofreram uma ou mais lesões e, destes, 84% tiveram uma única contusão.
"Gordinho" aplica um double-leg - golpe em que se agarra as pernas
do adversário para derrubá-lo - em seu companheiro de treino
(Reprodução: Pedro Motta)
Vale destacar que o esporte é regularizado por comissões atléticas ao redor do mundo e o maior evento que o promove internacionalmente, o UFC, conta com a presença de médicos em cada um de seus combates, sendo obrigatório o uso de equipamentos de proteção, entre outras exigências, enquanto que o hóquei, por exemplo, não possui um controle de regras quanto a brigas em quadra, momentos esses, em que não há, nem mesmo, a intervenção do árbitro, o que põe mais ainda em risco a integridade do atleta. Da mesma forma, é o futebol americano, no qual os tackles, ou seja, as pancadas são inerentes à prática do esporte, usados para parar o adversário, que fica sujeito a lesões.
O lutador de MMA, Betão Nogueira, competidor do evento Bellator Fighting Championships, diz que a noção de violência já está ultrapassada. “O MMA tem muito a oferecer aos jovens, tanto no físico, quanto socialmente, afastando de más influências. Eles são ensinados a ter respeito, auto-estima”, argumenta. “A questão da violência é muito da época do vale-tudo, que o pessoal era vagabundo. Hoje, é uma modalidade tão importante quanto as outras, capaz de criar verdadeiros atletas”, continua.
Outra determinante é a prova de que nunca ocorreu uma morte sequer em ringues do Ultimate, ao passo que, vez ou outra, vê-se uma tragédia no futebol ou no boxe, este último responsável por inúmeros incidentes a longo prazo na vida dos atletas, devido a fatores como o tamanho das luvas usadas (mais pesadas) e a maior quantidade de golpes desferidos na cabeça, a uma distância muito menor, já que o esporte é muito disputado no clinch. “São estatísticas que não absolvem o UFC, tema mais curtido do Facebook no Brasil ao longo de 2011, da dura imagem que ainda tem – mas ajudam a conferir um olhar (...) mais generoso ao esporte de Anderson Silva”, como traz um trecho de uma reportagem da edição de 14 de março da Veja deste ano, sobre artes marciais mistas, que se enquadra justamente nesse fato.
Hoje em dia, o esporte está no bate-papo entre amigos, no jantar em família e ocupa espaço nos meios de comunicação. O treinador da RFT, Márcio Cromado, prevê que, em alguns anos, ao se pensar em luta, a primeira coisa a vir à mente é o MMA. “A tendência é que as artes marciais mistas substituam a unidimensionalidade do jiu-jítsu, do boxe ou do judô. É só atentar para a eficácia do esporte: ao invés de aprender uma ou outra modalidade, você pode aprender todas em uma só”, explica o líder da academia, conhecido por todos, simplesmente, como “mestre”.
Virou goleada. No sexto episódio do The Ultimate Fighter, Hugo "Wolverine" Viana venceu Marcus Vinicius "Vina" por decisão unânime dos jurados e passou para as semifinais dos pesos-penas do reality show. Agora, o time Vitor está com 5 a 0 e a equipe de Wanderlei não pode mais empatar o jogo. Resta apenas o confronto entre Rony Jason e Gasparzinho para decidir os confrontos da fase final da categoria pena.
Foto: Divugação/ TUF Brasil
No primeiro round, o lutador baiano começou melhor, desferindo bons jabs e diretos e achando bem a distância. A vantagem veio ao conseguir um knockdown, em um direto de contra-golpe em Vina. Por duas vezes, o atleta da equipe Wanderlei foi ao chão enquanto Wolverine não sabia se entrava com tudo na guarda do rival para começar o ground and pound ou se deixava o oponente se levantar e reiniciar a luta em pé. Hugo se lançou a finalizar o combate "atirando pedras" contra o adversário, entre cotoveladas e bons golpes de cima para baixo. Na segunda investidaa, o baiano escolheu apenas ameaçar e começou a testar as pernas do rival, temendo uma pedalada ou um contra-ataque mais perigoso. Aos gritos de 'deixa ele levantar!' de seu treinador, o atleta do time Vitor consentiu e deixou a luta voltar em pé. O round se definiu no final, com uma boa queda de Wolverine, para lamentação da equipe Wanderlei, garantindo a vitória no assalto
O segundo round começou mais parelho, com boas tentativas para os dois lados. Vina parecia iniciar uma reação, tentando se lançar mais ao ataque, mas o baiano, bem ou não, revidava. O catarinense tentou um chute rodado, porém não muito contundente. Já cansados, os dois atletas pareciam não ter mais forças e o combate se tornou mais equilibrado, exatamente por esse fato, de um não querer arriscar mais que o outro. Wolverine começou a dar bons chutes baixos, pontuando e esquentando a coxa do catarinense que, a esse momento, parecia em desvantagem. Em uma das únicas vezes que os adversários se punham à trocação franca, o baiano, ainda que meio estabanado, conseguia atingir o rival mais vezes. Vina tentou algumas joelhadas, inclusive uma voadora, efetiva, mas não o bastante. O combate foi decidido, no final, por uma vantagem maior de Wolverine em pé. Por fim, os juízes laterais deram a vitória ao atleta baiano e mais uma para o time Vitor, a quinta, gerando frustração de "Cachorro Louco" e seus companheiros, principalmente Rafael Cordeiro, que não se aguentou e explodiu no vestiário.
Será mesmo que ele merecia? Frank Edgar perdeu seu cinturão para Ben Henderson, na edição de número 144 do UFC, mas parece que a polêmica na luta foi tanta, que Dana White deu a oportunidade ao ex-campeão de recuperar seu título. E a data já esta marcada: dia 11 de agosto, no UFC 150, em Denver. A informação é do site MMA Junkie.
O confronto promete, sem dúvidas. Mas será que o primeiro duelo foi tão parelho assim ou o presidente assistiu a outra luta?
As esperanças de que Aldo pudesse defender seu cinturão novamente no Brasil foram por água abaixo. O brasileiro foi confirmado no card do UFC 149, no Canadá, no dia 21 de julho, porém ainda sem adversário definido. Eric Koch aparece como um dos mais bem-cotados.
Da esquerda para a direita: Arthur, Chandler e Jon
Chandler Jones, irmão do campeão dos pesos meio-pesados do UFC, acabou de ser draftado pelo time de futebol americano, New England Patriots. "Bones" é o irmão do meio entre três, junto a Arthur, o mais velho, e Chandler, o mais novo. A mais nova aquisição do time de futebol americano de Boston, atua na posição de defensive end, vindo da Universidade de Syracuse.
Em meio a toda a confusão gerada no evento do dia 26 de maio, a organização confirmou a volta Gabriel Gonzaga ou "Napão" aos octógonos, após sua luta no UFC 142, que enfrentará o gordinho Roy Nelson, antes confirmado como adversário de Antonio Pezão, que agora terá Cain Velásquez pela frente na edição de número 146.
Foto: Getty Images
Outra novidade anunciada pelo Ultimate é o retorno de Rodrigo Minotauro, após sua derrota para Frank Mir no UFC 140. O brasileiro tenta a volta por cima contra o francês Cheick Kongo, na edição de número 149, a ser realizada no Canadá. Kongo também vem de derrota, um nocaute para Mark Hunt, no UFC 144, no Japão. O evento que teria o combate principal estrelado por José Aldo pode sofrer alterações, já que o presidente Dana White já declarou transferí-lo para o card da edição 147, no Brasil, tendo em vista os acontecimentos e mudanças recentes no duelo entre Anderson Silva e Chael Sonnen.
No mesmo evento, os chefões estudam colocar Jon Jones, que acabou de defender seu cinturão contra Rashad Evans, em ação novamente, contra Dan Henderson.
O UFC 148, no dia 7 de julho, será o evento da revanche entre Spider e Sonnen, que se muda para Las Vegas. Edição de número 147 ainda terá disputa entre Vitor Belfort e Wanderlei Silva e finais do TUF Brasil, porém ainda sem local definido, e José Aldo corre por fora para entrar como substituto no torneio. Após afirmar que não lutaria se o confronto fosse realizado fora do Rio, Anderson Silva se decepcionou com a mudança do local.
- Não estou feliz por a luta não ser realizada no Brasil, mas não tenho fãs somente no Brasil. Vou fazer meu trabalho onde quer que seja. Houve uma aliança que o UFC fez com uma companhia que não foi suficientemente profissional para entender o tamanho do evento. Para mim é indiferente - declarou o campeão.
Do outro lado, as provocações de Sonnen continuaram e o sarcasmo, marca registrada do lutador, se fez presente em uma das respostas. "Não tenho nada contra os brasileiros, e sim contra alguém sentado a poucos metros de mim. As suas mulheres são ótimas comigo. Fiquem à vontade para me ligarem e me fazerem uma visita", ironizou.
Anderson Silva ainda deu o troco, retrucando as declarações do adversário.
- Sonnen não sabe o que é arte marcial. Ele é wrestler, não sabe o que é respeito às pessoas. Tem gente que diz que ele está promovendo a luta, mas ele desrespeitou meu país, minha família e o público. Alguns não tem conhecimento de causa, e acham isso o máximo - disse o brasileiro, enquanto o desafeto fingia roncar do outro lado de Dana White.
Foto: André Durão/ Globoesporte.com
E uma cena memorável também aconteceu na coletiva: Sonnen tirou do bolso um óculos com bigode e nariz falsos e mostrou para o público, dizendo ser um disfarce para andar nas ruas do Brasil e ainda paroveitou para tirar sarro, mais uma vez, dos irmãos Nogueira. "Eu comprei isso só para entrar nesse país. Quando coloquei no meu rosto, todo mundo achou que eu era o Nogueira. Isso aconteceu de verdade. Eu achei que era um grande nariz, óculos, que me fariam parecer com Frankestein", completou.
Além do confronto, outro caso mal resolvido no UFC 148: Dominick Cruz põe novamente o cinturão dos pesos-galos em jogo, no terceiro embate contra Urijah Faber, o responsável por sua única derrota na carreira.
O quinto episódio do TUF Brasil marcou a estreia de Cézar Mutante, pupilo de Vitor Belfort, que lutou contra o casca-grossa, Leonardo Macarrão, da equipe de Wanderlei Silva. O confronto começou com estudo de ambas as partes, até que Mutante acertou um bom chute e um bom soco, na sequência, que abriram a guarda do adversário. Em contrapartida, o atleta catarinense encaixou bons golpes, balançando o rival e conseguindo um knockdown, o que garantiu sua vantagem no primeiro round. Cézar, percebendo o melhor desempenho de Macarrão em pé, logo tratou de levar a luta para o chão e conseguiu uma queda, equilibrando as ações no primeiro round.
Foto: Divulgação/ TUF Brasil
O segundo round serviu para atestar a superioridade do lutador da equipe Vitor em relação ao oponente. O paulista, dotado de mais força física, levantou o catarinense e aplicou uma queda bastante plástica, levando o combate mais uma vez para sua zona de conforto. A partir daí, as investidas de Macarrão já pareciam insuficientes e o round se desamarrou no chão mesmo, com vantagem para Mutante, que, primeiramente, tentou um triângulo de braço, defendido pelo atleta de Wanderlei, mas logo em seguida, encaixou uma guilhotina justíssima, que levou o rival a tentar girar para sair da posição, mas sem sucesso. Montado, apertou mais o golpe e os três tapinhas do adversário foram inevitáveis. Resultado: finalização, vaga na semifinal dos pesos-médios e mais uma vitória para a equipe verde, que amplia o placar para 4 a 0 e dificulta ainda mais uma reação da equipe azul.
Após a luta, Macarrão foi elogiado pelo treinador e seus companheiros e admitiu defasagem técnica, que o fez desistir. "Tinha muita possibilidade de ganhar a luta, mas faltou um pouco de técnica para sair da guilhotina ali", declarou.
Dana White se cansou de esperar pela audiência de Overeem, referente ao doping testado pelo holandês, e colocou Frank Mir à frente de Cigano, pela disputa do cinturão dos pesados do UFC 146. E outra: jogou Antônio Pezão cara a cara com Cain Velásquez. Com isso, o gordinho "Big Country" Roy Nelson fica chupando o dedo, sem adversário, no dia 26 de maio.
O anúncio do presidente do Ultimate foi feito pelo Twitter pessoal: "Não acredite em todo o lixo que você lê na Internet. Cain vai enfrentar
Pezão Silva, dia 26 de maio em Las Vegas", escreveu. É bom lembrar que há praticamente duas semanas, a postura do UFC foi exatamente oposta, ao solicitar à Comissão Atlética de Nevada uma licença para o holandês lutar, "abrindo exceção" à regra e pendendo para o lado do campeão dos pesados do Strikeforce, contra o campeão do Ultimate.
Agora, a história é outra: Frank Mir é um especialista em jiu-jitsu, faixa preta de Robert Drysdale, renomado treinador americano da arte suave, e Cigano talvez tenha que fazer uma preparação diferente, mais a fundo no jogo de chão, para encarar o novo adversário.
Pois é...deu a lógica. Mas não foi tão fácil assim. Os acostumados a ver o tamanho domínio e agressividade nas lutas do campeão Jon Jones foram agraciados com a resistência de Rashad Evans, o adversário da vez, que tomou o sacode, mas não caiu. Ex-parceiros de treino e, atualmente, desafetos, os dois fizeram um tamanho alvoroço na mídia, dias antes da luta, com provocações e declarações polêmicas, tudo o que tinham direito, e protanizaram um combate para ninguém botar defeito.
Foto: Getty Images
A superioridade sobre Rashad foi inegável, no entanto, a luta foi bem movimentada. Bones não fugiu a seu hábito e mostrou uma gama de golpes e muito boa eficácia, principalmente com cotoveladas e joelhadas voadoras, com "Suga" sempre tentando dar o troco. O segundo round, em especial, serve para comprovar o fato: encaixe de golpes certeiros que deixaram o desafiante cambaleando e muita efetividade nas defesas de queda, que deixaram Evans frustrado.
Ao final, Jones até se deu ao luxo de puxar Rashad para guarda, mas já era tarde para o rival tentar uma reviravolta. Resultado: defesa de cinturão bem-sucedida por parte do campeão, em decisão unânime dos jurados. Dan Henderson agora aparece como o próximo rival do mais novo campeão do UFC, como já antecipou Dana White.
- Foi a vitória mais satisfatória da minha carreira. Fiquei muito mais forte
e sou um wrestler muito melhor e mais confiante do que antes. Eu fiquei
um pouco surpreso, tinha um objetivo de derrubá-lo, mas ele é um grande
competidor. Foi a primeira vez que fui ao quinto round, então é uma
novidade na minha carreira, provei mais alguma coisa - declarou "Bones", na coletiva pós-luta.
Veja todos os resultados do UFC 145:
CARD PRINCIPAL
Jon Jones venceu Rashad Evans por decisão unânime
Rory MacDonald venceu Che Mills por nocaute técnico
Ben Rothwell venceu Brendan Schaub por nocaute
Michael McDonald venceu Miguel Angel Torres por nocaute
Eddie Yagin venceu Mark Hominick por decisão dividida
Mark Bocek venceu John Alessio por decisão unânime
CARD PRELIMINAR
Travis Browne venceu Chad Griggs por finalização, por katagatame
Matt Brown venceu Stephen Thompson por decisão unânime
Anthony Njokuani venceu John Makdessi por decisão unânime
Mac Danzig venceu Efrain Escudero por decisão unânime
Chris Clements venceu Keith Wisniewski por decisão dividida
Marcus Brimage venceu Maximo Blanco por decisão dividida
